domingo, 4 de dezembro de 2011

Da série, obituários tardios - Sócrates, um gênio iconoclasta

Definitivamente, meus amigos, alunos e parentes sabem que não gosto de futebol, mas impossível ignorar aqueles que se tornam ídolos porque vivem livres inclusive para se destruir. Assim foi a vida do "democrata do futebol", Sócrates, nome de filósofo, vida de boêmio, talento genial, mas, antes de tudo, um  ser humano autônomo moral, estética e intelectualmente. Sua vida foi grandiloquente como uma tragédia grega, com um final melancólico, é verdade, mas um final para quem aparentemente viveu sem ter grandes preocupações com as mesquinhezas da existência.
Em tempo, um recado para a morte, por que os bons morrem jovens? Por que num país de Calheiros, Collors, Delúbios, Sarneys, Cunhas, Lulas etc., a senhora não é mais seletiva, quiça mais justa?
Foi um dia paradoxal para os corintianos, dia triste para os brasileiros que primam pela independência de pensamento.

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