segunda-feira, 3 de julho de 2017

Todo caos


Todo caos é o avesso de todo cais.
É um abraço fraterno e amável de satanás.
É ilha cercada de ilhas e distâncias.
É porto sem navio, sem rio e sem mar.
É toureiro sem brio.
É a medida do que não traz
nem frio, nem calor, nem nada mais.
É confusão, é desilusão previsível e inexorável.
É estar passado no presente.
É nadar num loop eterno e estático.
É colossal como um vácuo de vazios
num caos feito de luzes e silêncios e letras e mensagens entre dois amores separados pelos seus telefones.

VS                    

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