sexta-feira, 15 de maio de 2020

Medo coletivo

“Nada inspira mais coragem ao medroso do que o medo alheio.” 
(Umberto Eco)

Onde há medo coletivo, há ruidosa resistência, há diversas ruínas, 
há divergências,
há navios prontos para zarpar sem velas,
há densa e invencível ruína da fé, da razão, ou dos dois,
há medo nos medos represados em sacadas,
há medo até nos bichos - medo de nós,
há medo compreensível do invisível,
há medo dos abraços que guardamos,
há deuses medrosos animados em domar mentes,
há escuridão sombria, profunda e tola infectando um mundo com medo,
há medo na ambiguidade sobre o que deveria ser claro como o bem e o bom,
há um oceano de pontos finais no mar de medos reticenciais que há em nós.

VS

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