terça-feira, 19 de maio de 2015

Um sonho azul e negro ou navego cego por águas barrentas numa cartola guiado pelo brilho de uma candeia que brilha como uma pérola negra do outro lado, deste e por todos os cantos do mar

Quando ouço o saudoso Muddy Waters, especialmente, seus discos mais marcantes como "Folk singer", "Muddy Waters At Newport" ou até, o mais revolucionário e pouco lembrado, "Eletric Mud", fico entusiasmado com o humano queem nós. Fico impressionado com a eloquência dos nossos gritos, das nossas ideias, nesse caso, as musicais, aliás caso especialíssimo, as dessa figura extraordinária, criativa e vanguardista, um dos grandes que colocaram o Blues na tomada, para permitir e apadrinhar o nosso bom e sempre em crise Rock.
Fico pensando o que foi esse tempo em que mães e pais, daquela ou desta América besta e anacrônica escandalizados(eu os entendo!sic) com aquele som libertário, erótico e marginal, por isso não poupavam nem os filhos da fúria insana contra o que não era “mais do mesmo”. Esse grito foi tão prolífico que influenciou do jazz ainda nascente, o soul, o funk, o samba, o choro até o Rap, e deliciosa e paradoxalmente foi influenciado pelo Spiritual e pelo Gospel das Igrejas Batistas e pela África do colorido americano amargo e do canto coletivo. Eis o sagrado e o profano abraçando-se e gestando bons frutos, para contrariar as milenares teses de que o bem e o mal não se entendem; bem, às favas com o maniqueísmo que a música negra americana (das três Américas, que fique claro) fez muito bem em ignorar e satirizar.
Salve essa música que aprisionada em notas simples, fez-se libertação, ainda não concretizada, de um povo raptado da sua terra, mas não imune a almaazul” trazida nos navios sem cessar, sem cessar...para a América, é bom lembrar, não estou me referindo ao EUA, é de onde parti para ver o mesmo sentimento nos nossos Cartola, Candeia, Monarco, Jovelina Pérola Negra, Clementina de Jesus e tantos outros, além daqueles que não conheço e, talvez, morrerei na sede de ainda conhecê-los, porque nossa vida é curta demais, mas os navios não cessam em chegar...ainda bem.

VS ou Estéfani Martins, elétrico, ouvindo versões acústicas de velhos e antigos blues tocados por Muddy Waters. All aboard...

2 comentários:

Anônimo disse...

ainda bem mesmo irmão...
abraço

Anônimo disse...

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