segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Numa madrugada infestada de calores e urgências

“I Know not what tomorrow will bring.”
(Fernando Pessoa, última frase dita por ele no leito de morte – trad. “Eu não sei o que o amanhã trará”) 

Numa madrugada infestada de calores e urgências, ele supôs pela primeira vez quais seriam os motivos que o afligiam desde épocas mais felizes, aparentemente, percebeu a pouca e tênue verdade que o impedia de ver a verdade. Era um monstro claro como a porta do quarto entreaberta, lucidez - megera – que nos arremessa sem aviso no fosso incipiente da consciência associada a um tipo raro de percepção, o bom senso. 


(Leitor, caso você não tenha se reconhecido nessas palavras, dispense essa leitura. Procure literatura mais feliz.)

Assim, em mais um dia sou humanamente forjado pelos rigores do cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano, cotidiano. The End, um ponto final é uma vida.

VS

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