sexta-feira, 17 de agosto de 2007

"Contra o estado das coisas e as coisas no estado em que estão."


Contra o patriarcado, o matriarcalismo.
Contra a família, o ato gerador e o amor espontâneo.
Contra o parentesco, a afinidade.
Contra o poder e a culpa de ser pai, a vantagem de comer a filha.

Contra o sexo proibido, o sexo.
Contra o sexo casual, o sexo animal.
Contra a guerra dos sexos, o sexo entre os sexos.

Contra o desenvolvimento industrial, a educação.
Contra a globalização, o comércio local.
Contra o trabalho, o tempo livre.
Contra a falta de cultura, o ócio.
Contra a desocupação, a atividade artística.
Contra o desemprego, a produção cultural.

Contra o governo, nem precisa falar, né?
Contra os capachos do palácio, os capatazes do engenho. Chicotada neles!

Contra a Tiazinha, nada não.

Contra o estado letárgico, a iniciativa individual.
Contra a indecisão, o risco.
Contra o sucesso, a certeza de alcançar.
Contra o esforço, toda força de vontade.

Contra a promessa, a palavra.
Contra o compromisso, o encontro marcado.
Contra a seriedade da coisa, a diversão.

Contra a cerveja, o cigarro.
Contra o rock'n'roll, drogas.
Contra o sexo, nada, nunca.

E por que não?

Jarbas Souto Galhardo, é do contra, mas nem sempre.


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