sábado, 11 de maio de 2013
Comovida
Comovida
ela estava
a se perguntar para sua soberana:
Como?vida!
De lá,
nem um sussurro.
Era como se a vida
fosse o alimento último
mais urgente
mais recente
da vida.
Era como se a vida
fosse a ponte
sem fim e sem meio.
Era como se a vida
comovida
com sua própria fome
fosse homem comida de homem.
Era como se a vida
fosse um prato vazio
um rio sem foz.
Era como se a vida
não fosse um amontoado de nós
delicada ou grosseiramente feitos por nossos avós.
Era como se a vida
fonte que imita o amor
não fosse uma semente de gente.
Era como se a vida
nossa mais próxima parente
passasse por nós
e, indigente, deixasse a todos, mesmo quando juntos,
quando casados,
quando atados,
quando enamorados,
sós.
VS
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